|
Post by habanero04 on Sept 8, 2017 13:21:11 GMT
nunonaos , a minha ideia dos covers é pegar neles como clássicos e encaixar lá o "meu som" em vez de andar atrás do som original, que é o que faço com mais facilidade pois tens uma referência e seguir por ali é ter a papinha já pronta. Gosto da ideia de ser o gajo a interpretar músicas de outros e não um tipo numa banda que toca músicas de outros quase como se fosse uma banda de tributo. A ideia dos originais é boa e, como disse, até é o que me leva a cortar mais com esse hábito mas tem 2 problemas: não me dão grande pica e, a razão disto tudo, sou muito facilmente influenciável. Muito derivativo. Sempre que componho algo faço-o com algum artista que aprecio em mente e é como se estivesse a escrever para ele! Depois acaba muito longe do objectivo e perco a pica... Eu toco numa banda de tributo e não procuro ter um som igual. Para mim o essencial é ter um som limpo, um crunch, e 2 níveis de overdrive. Efeitos são o mínimo, reverb, delay e chorus para 2 ou 3 músicas. O outro guitarrista sim, tem presets preparados para todas as músicas com sons parecidos, mas eu nunca me preocupei com isso.
|
|
|
Post by jota on Sept 8, 2017 13:52:06 GMT
habanero04 essa também sempre foi a minha forma de fazer as coisas nos covers mas sempre tive de fazer algumas cedências. Durante anos usei a strat porque achava que era o som que melhor encaixava naquilo, embora não fosse o que mais apreciasse. Quando comecei a ter menos concertos comecei a pensar em tirar mais proveito e gozo do material que tinha em vez de olhar só para a conveniência de levar apenas 2 guitarras e uma pedaleira, e comecei a aproximar mais o som ao que realmente gosto, mantendo o enquadramento. Por exemplo, sempre usei mais ganho nos drives com a banda, do que alguma vez usaria nas coisas que gosto, porque o som da banda assim me parecia pedir. Mas o que eu pretendo, e a questão era a de saber como vocês lidam com isso (se é que vos importa, porque na volta é só uma cena da minha cabeça), é saber até que ponto cedem e não tentam encaixar o gosto pessoal naquilo que apresentam enquanto guitarrista. nunonaos não falo em manter o mesmo som mas manter os mesmos padrões de gosto. Tu falaste na questão de manter o ganho e compressão na banda pois era isso que o som pedia para reproduzires o que já estava gravado. é esse tipo de coisas que procurava saber. Mas para terem uma ideia daquilo que falo, eu nestas coisas imagino sempre o tipo que me fez pegar na guitarra eléctrica: Zakk Wylde. O gajo, toque o que toque, tem sempre uma séria de características (boas ou más isso já vai do gosto pessoal) que estão sempre presentes no som dele. A cena é +/- (sabendo eu que nunca serei contratado para nada): queres ser contratado por teres um som próprio ou por seres polivalente ao ponto de conseguires ser 20 gajos num só?
|
|
|
Post by maxx on Sept 8, 2017 14:12:41 GMT
Depende ao que vais
|
|
|
Post by habanero04 on Sept 8, 2017 15:47:17 GMT
Eu apenas me preocupo em ter o melhor som possível tendo em conta o que a música pede, e não me preocupo em ter exactamente o som do artista em cada tema.
Quem diz isso, diz tocar como o artista uitilizando as mesmas técnicas. Ao vivo ultimamente só levo 2 guitarras para não correr o risco de partir uma corda e ficar apeado e comprometer a prestaçao da banda. Tenho usado apenas uma strat, mas já fiz concertos com uma ESP Eclipse ou uma Ibanez RG e fez-se na mesma sem destoar do que se pretende apresentar.
Como sabes a banda é de tributo a Dire Straits, mas não toco com os dedos como o Mark Knopfler. O outro guitarrista sim, mas tem a ver com a formação de guitarra clássica que ele tem e por ser completamente fã. Ele consegue tocar coisas com os dedos que não consegue tocar com palheta, enquanto para mim é simples.
A minha opinião é igual à do Maxx, depende da situação... se fores fazer trabalho de estúdio para uma banda ou artista provavelmente vão-te pedir para utilizar certo tipo de sonoridade que pretendem, se for uma banda de originais onde te vás integrar se calhar já tens mais liberdade... depende...
|
|
|
Post by jota on Sept 8, 2017 16:15:52 GMT
A minha pergunta era em qual das situações gostarias de te ver?
|
|
|
Post by maxx on Sept 8, 2017 16:19:51 GMT
se der para ser 20 gajas em cima de mim, pode ser. Senão, gostava de ser um gajo versatil como o crlh e soar sempre bem, portanto o 20 em 1.
|
|
|
Post by habanero04 on Sept 8, 2017 16:25:09 GMT
A minha pergunta era em qual das situações gostarias de te ver? Epá, não pensei nisso até porque não faço tensões de fazer uma ou outra. Mas no seguimento do que disse atrás escolhia onde tivesse mais liberdade e não tivesse que soar a x ou a y.
|
|
|
Post by stratokosta on Sept 8, 2017 17:11:35 GMT
se estamos a falar de "couves" , é claro que o gajo que se aproxima mais da cópia é o preferido.
sempre ouvi esse elogio : "pá , o fulano x consegue sacar tal e qual o som da musica original".
assim como : "o fulano x é um guitarrista do carvalho porque toca de tudo."
e tudo bem se for para covers , agora eu pessoalmente tou-me a cagar se o Clapton não sabe tocar metal ou fado.
isso não faz dele um guitarrista inferior imho.
|
|
|
Post by maxx on Sept 8, 2017 17:15:16 GMT
Acho q nao era essa a questao do Jota. O Page era um guitarrista de estudio. Tocava de tudo. E no entanto é o que sabemos.
|
|
|
Post by stratokosta on Sept 8, 2017 17:23:26 GMT
A minha pergunta era em qual das situações gostarias de te ver? era os outros a gastar €€€ para copiar o meu "tone", assim tipo Bonamassa ou seja , usar o tone e o gear que eu gosto. já tentaram que usasse uma acústica ao vivo e eu caguei nisso.
|
|
|
Post by jota on Sept 8, 2017 17:41:48 GMT
se estamos a falar de "couves" , é claro que o gajo que se aproxima mais da cópia é o preferido. sempre ouvi esse elogio : "pá , o fulano x consegue sacar tal e qual o som da musica original". assim como : "o fulano x é um guitarrista do carvalho porque toca de tudo." e tudo bem se for para covers , agora eu pessoalmente tou-me a cagar se o Clapton não sabe tocar metal ou fado. isso não faz dele um guitarrista inferior imho. Pois e eu acho que é o que faz dele superior! Se ele o fizer é o Clapton a tocar metal ou fado. Um gajo enquanto amador tenta entrar um pouco na onda do fulano que referes em cima mas acho que a segunda categoria é tão ou mais exigente. Deixar que as influências não te moldem ao ponto de deixares de ser tu. Há muitos anos vi uma banda de baile ao vivo em que o tipo não desligou a distorção durante todo o concerto! Esse sim era um tipo com princípios e muita personalidade!
|
|