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Post by jota on Jun 5, 2018 14:11:28 GMT
Quando não posso comprar também faço o mesmo: vejo defeitos em todo o lado...
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Post by Pai da Gina on Jun 5, 2018 14:13:09 GMT
Não é uma escultura, é uma guitarra...e das boas, ao que consta.
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Post by desventrar on Jun 5, 2018 14:13:11 GMT
São instrumentos de colecção e uma forma de arte. Vale o que o artista acha que vale e o que as pessoas estão dispostas a pagar, pelo que sei tem tido bastante sucesso e fico feliz por ele, são objectos incríveis e o reconhecimento é merecido.
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Post by whatever on Jun 5, 2018 15:45:54 GMT
Quando não posso comprar também faço o mesmo: vejo defeitos em todo o lado... lol... o único defeito é o preço e a especulação à volta delas. Cria um Hype do caraças... deixa correr mais tinta sobre o assunto e depois veremos. Não é uma escultura, é uma guitarra...e das boas, ao que consta. Ora aí está uma divergência de opiniões, para mim, aquilo é uma escultura com funcionalidades de guitarra. Aliás, é statement dele não fazer duas iguais. Não seria difícil se se considerasse mudança de madeiras ou de acabamentos, mas ele inclui mudança de formas. Os modelos tornam-se vagamente semelhantes. Atenção, há pormenores que acho interessantes, mas de resto, a nível de conceito e escultura está mediano, são sempre os mesmos argumentos visuais, apenas retocados de forma ligeiramente diferente. Quase que dá para dizer que o "são todas diferentes" serve como desculpa para não "conseguir"/"ter de" fazer duas guitarras iguais. Nas artes visuais há vários campos e as guitarras poderiam facilmente enquadrar-se em dois bastante distintos: o do DESIGN (que visa a industrialização) ou os múltiplos (que pertencentes ao campo da arte, pretende um objecto mais barato do que a obra única, temos a gravura e a serigrafia como exemplos). Olho para estas guitarras e vejo objectos únicos, com uma morfologia questionável relativamente à relação forma/função, portanto afastam-se do design, também pelo aspecto de não serem industrializáveis (distinto de ser ou não fabricado à mão). Sendo objectos únicos, ou cai no artesanato ou na obra artística e, neste campo, como esculturas são fraquitas em termos de expressão. Reitero assim a minha afirmação anterior, para escultura está cara, para guitarra também. Se há quem pague por isto, ainda bem, tenho dúvidas relativamente ao resale value. Não quero com isto dizer que as guitarras não têm qualidade, mas como gajo com formação superior em artes visuais ao nível do mestrado e doutoramento em curso, creio ter direito a uma opinião esclarecida sobre as características formais e visuais destes instrumentos, acrescendo ao facto de que o que vale MESMO numa guitarra é a relação existente entre a pestana e o cavalete, portanto tudo o resto é "fogo de vista" e estas guitarras têm muitos artifícios cuja funcionalidade é altamente subjectiva. Um Stick também é uma guitarra altamente especializada e não precisa das avarias que estas têm. Os extras são o trabalho de escultura, não os "air vents" que redireccionam o som e evitam feedbacks... isso é puro marketing e o Adriano sabe bem dessa poda por ter estado bem dentro disso nas guitarradas mais top para os mais variados artistas do rock'n'roll. Se um cliente acha que aquilo vale o peso em ouro, ainda bem para o Adriano. Novamente, não quero dizer com isto que como guitarra é má, ou defeituosa em construção, apenas que para mim não vale o preço que pedem no site de 7k. O Adriano não tem currículo artístico na criação de guitarras que justifique o valor, nem qualidade de modelação/criação que permita aproximar-se a tais níveis. É pura €sp€culação. São instrumentos de colecção e uma forma de arte. Vale o que o artista acha que vale e o que as pessoas estão dispostas a pagar, pelo que sei tem tido bastante sucesso e fico feliz por ele, são objectos incríveis e o reconhecimento é merecido. Eu também fico feliz por ele, mais ainda por me rever no sentimento de ser um tuga a singrar por fora das nossas fronteiras. Tuga power! Agora, como disse anteriormente, como forma de arte visual acho mediana e com poucos argumentos estilísticos que justifiquem o valor pedido. é pura especulação guitarrística, e nós sabemos que este mercado está repleto destas pérolas. Aliás, até o nome do show é Holly Grail Guitar Show... se não for para causar emoções fortes (principalmente pelos valores exorbitantes) serve então para quê. Significa que não teve especulação suficiente...
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Post by desventrar on Jun 5, 2018 16:09:11 GMT
O que eu acho piada, é que sempre que temos uma discussão de nível artístico lá vens tu puxar dos galões, como se um bimbo com a mais alta instrução, só por si, deixasse de ser um bimbo. Não precisas desse tipo de argumentos para que a tua opinião seja mais válida que a de outros porque desse prisma, eu como engenheiro de som, "ganho" logo à partida qualquer questão que envolva som, isto só porque como vocês são amadores, para mim, são surdos. Não vamos extremar as coisas por favor.
Eu percebo os teus argumentos, concordo com alguns, não concordo com outros. Na minha opinião, que vale o que vale, são objectos com valor artístico inquestionável. 100% funcionais e que proporcionam uma experiência verdadeiramente diferente de tudo o que já experimentei (penso que aqui fui o único a experimentar, isto sim, é um argumento). Estes factores são usados para marketing e bem porque não é banha da cobra como se diz na gíria. Se vale o que o Adriano pede? Fica ao critério de cada um e aqui não há verdades absolutas.
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Post by Pai da Gina on Jun 5, 2018 16:09:39 GMT
Do vídeos que ouvi gostei muito do som e para mim é de louvar que haja malta a criar guitarras "à mão" que fogem totalmente aos formatos convencionais e já mais que batidos por 1001 marcas.
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Post by stratokosta on Jun 5, 2018 18:09:27 GMT
é pá e aquela malta que gasta fortunas em cavacos com 50 / 60 anos ?
ou em pickups assinados pelas velhotas da Fender ?
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Post by whatever on Jun 5, 2018 19:17:37 GMT
O que eu acho piada, é que sempre que temos uma discussão de nível artístico lá vens tu puxar dos galões, como se um bimbo com a mais alta instrução, só por si, deixasse de ser um bimbo. Não precisas desse tipo de argumentos para que a tua opinião seja mais válida que a de outros porque desse prisma, eu como engenheiro de som, "ganho" logo à partida qualquer questão que envolva som, isto só porque como vocês são amadores, para mim, são surdos. Não vamos extremar as coisas por favor. Eu percebo os teus argumentos, concordo com alguns, não concordo com outros. Na minha opinião, que vale o que vale, são objectos com valor artístico inquestionável. 100% funcionais e que proporcionam uma experiência verdadeiramente diferente de tudo o que já experimentei (penso que aqui fui o único a experimentar, isto sim, é um argumento). Estes factores são usados para marketing e bem porque não é banha da cobra como se diz na gíria. Se vale o que o Adriano pede? Fica ao critério de cada um e aqui não há verdades absolutas. Portanto, qualquer um formado em música num conservatório ou numa escola de Jazz tipo Hot Club também o é... ok. O valor artístico de qualquer produção humana é questionável e é para isso que serve a crítica, para questionar. Que o Adriano tem Skills no assunto, tem, isso sim é inquestionável e aí concordo. Agora se os resultados são suficientemente bons para serem chamados de "obras de arte", bem, aí entra o contexto e conceito de obra de arte. Para mim, as guitarras em questão são esculturas, pois as "inovações" ou as diferenças introduzidas não considero que sejam tão distintas que confiram às guitarras uma sonoridade única que justifique o valor pedido. Para mim, e como disse atrás, uma guitarra está definida na relação entre a pestana e a ponte e em todos os elementos intrínsecos (cordas, braço, junta, ponte, comprimento escala, pickups e electrónica). A orientação dos "air vents" ou as curvas esculpidas no corpo são o que menos interfere e se é isso a imagem de marca, então trata-se de uma escultura funcional como uma guitarra e como escultura é fraquita em termos de conceito. E eu não me lembro de ter dito que as guitarras dele são a banha da cobra. Não me parece que o trabalho de escultura que o Adriano tem por cada guitarra valha o preço pedido e é aí que quero chegar. Acho as guitarras com um preço bastante inflacionado, ou, se preferires ESPECULADO...
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Post by desventrar on Jun 5, 2018 19:37:50 GMT
O que eu acho piada, é que sempre que temos uma discussão de nível artístico lá vens tu puxar dos galões, como se um bimbo com a mais alta instrução, só por si, deixasse de ser um bimbo. Não precisas desse tipo de argumentos para que a tua opinião seja mais válida que a de outros porque desse prisma, eu como engenheiro de som, "ganho" logo à partida qualquer questão que envolva som, isto só porque como vocês são amadores, para mim, são surdos. Não vamos extremar as coisas por favor. Eu percebo os teus argumentos, concordo com alguns, não concordo com outros. Na minha opinião, que vale o que vale, são objectos com valor artístico inquestionável. 100% funcionais e que proporcionam uma experiência verdadeiramente diferente de tudo o que já experimentei (penso que aqui fui o único a experimentar, isto sim, é um argumento). Estes factores são usados para marketing e bem porque não é banha da cobra como se diz na gíria. Se vale o que o Adriano pede? Fica ao critério de cada um e aqui não há verdades absolutas. Portanto, qualquer um formado em música num conservatório ou numa escola de Jazz tipo Hot Club também o é... ok. O valor artístico de qualquer produção humana é questionável e é para isso que serve a crítica, para questionar. Que o Adriano tem Skills no assunto, tem, isso sim é inquestionável e aí concordo. Agora se os resultados são suficientemente bons para serem chamados de "obras de arte", bem, aí entra o contexto e conceito de obra de arte. Para mim, as guitarras em questão são esculturas, pois as "inovações" ou as diferenças introduzidas não considero que sejam tão distintas que confiram às guitarras uma sonoridade única que justifique o valor pedido. Para mim, e como disse atrás, uma guitarra está definida na relação entre a pestana e a ponte e em todos os elementos intrínsecos (cordas, braço, junta, ponte, comprimento escala, pickups e electrónica). A orientação dos "air vents" ou as curvas esculpidas no corpo são o que menos interfere e se é isso a imagem de marca, então trata-se de uma escultura funcional como uma guitarra e como escultura é fraquita em termos de conceito. E eu não me lembro de ter dito que as guitarras dele são a banha da cobra. Não me parece que o trabalho de escultura que o Adriano tem por cada guitarra valha o preço pedido e é aí que quero chegar. Acho as guitarras com um preço bastante inflacionado, ou, se preferires ESPECULADO... Não percebi essa relação com os formados no conservatório ou na escola de jazz mas em todo o caso, a parte que destacaste a negrito é uma ironia. Estamos a discutir questões muito subjectivas e fico-me por aqui.
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Post by whatever on Jun 5, 2018 20:22:24 GMT
... estava a criticar a tua ironia...
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Post by maxx on Jun 5, 2018 21:05:56 GMT
Parece-me é que tudo que seja acima dos tais 1500€ seja “chulice” pq na tua óptica não se justifica, quer em termos de inovação, quer em termos artísticos. Não vou discutir o artístico e a obra de arte pq é tão subjectivo que não merece comentários. Em termos de inovação, bem, se não é o desenho, não vejo em que uma guitarra possa inovar. Materiais? Electrónica? Parece-me que reduzimos a 2 grandes categorias, desenho, e é inovadora, e construção. O conceito de caixa de ressonância parece-me um passo em frente, relativamente ao actual. Sabendo que são guitarras feitas à mão, com pelo menos 180h de trabalho, materiais, r&d, margens, impostos, não parece ser um valor descabido. Caro? Para o bolso do comum sim.
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Post by desventrar on Jun 5, 2018 21:26:57 GMT
Fazendo um exercício simples, 7000 a dividir por 180 horas dá 38€. Eventualmente até pode demorar menos mas também há que incluir o valor dos materiais. Caro? Não será para o meu bolso certamente mas pondo as coisas em perspectiva, se calhar até é barato.
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Post by louvelvet on Jun 5, 2018 21:45:48 GMT
Só argumentos sem interesse...pfffff! Ainda não vi ninguém a focar o ponto fulcral. A guitarra castanha parece uma tipa (vénus de Willendorf) e até tem dupla genitália a la Total Recall! Quem não quer ter uma tipa com dupla coisa? Thumbs up para este guitarredo carago!
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Post by whatever on Jun 6, 2018 1:42:26 GMT
Parece-me é que tudo que seja acima dos tais 1500€ seja “chulice” pq na tua óptica não se justifica, quer em termos de inovação, quer em termos artísticos. Não vou discutir o artístico e a obra de arte pq é tão subjectivo que não merece comentários. Em termos de inovação, bem, se não é o desenho, não vejo em que uma guitarra possa inovar. Materiais? Electrónica? Parece-me que reduzimos a 2 grandes categorias, desenho, e é inovadora, e construção. O conceito de caixa de ressonância parece-me um passo em frente, relativamente ao actual. Sabendo que são guitarras feitas à mão, com pelo menos 180h de trabalho, materiais, r&d, margens, impostos, não parece ser um valor descabido. Caro? Para o bolso do comum sim. O conceito de caixa de ressonância conforme apresentado pelo Adriano não é novo, nada mesmo. E não me refiro ao mais comum que é de construção semelhante ao das guitarras acústicas, refiro-me mesmo ao ter o corpo escavado e coberto com um tampo. Até a Gibson faz dessas coisas ou muito parecidas. Lembro-me de há uns bons anos atrás (10 a 15), numa loja ali para a Rua das Pretas ou do Tojal em Lisboa (que entretanto fechou) haver um workshop de setups a guitarras eléctricas com o Gil Oliveira. Na altura o patrão da loja (?) que tinha um baixo novo construído pelo Gil, exactamente com este conceito. Inovações? Temos as Teuffel ou a Gittler, por exemplo. Já as Ormsby inovaram pela forma como atacaram o multiscale, tornando-o algo "mainstream" e apetecível, quase como uma moda que acabou por aliciar a Ibanez a entrar nesse "mercado". Há ainda a Strandberg que recuperou o Headless trazendo-o para o mainstream com formatos supostamente ergonómicos (copiada fervorosamente pela Kiesel, pela Mayones, pela Abasi guitars, entre muitas outras), incluindo um perfil traseiro no braço da guitarra muito pouco convencional e... nas versões com caixa de ressonância também avançam para o mesmo processo de escavação desta, fechada com um tampo por cima... E se quiserem ainda mais estranhesas, existem as ONI com trastes curvos (ver guitarras com o e-Scale) ou a mais extravagante ainda Etherial (mas cuidado, pois a reputação é muito má, não investir atenção). Isto para não falar em muitos super luthiers japoneses que vão a esse Show de guitarras... a lista continua com trabalhos realmente inovadores no a que conceitos estéticos e funcionais respeita. Quanto ao número de horas de trabalho que cada guitarra tem em cima, não esquecer que os tempos de espera para curar colas e acabamentos também contam, em que luthier que se preze não fica a olhar para o boneco, investe no avanço de outros projectos, portanto temos contagens híbridas ou diluídas em vários projectos, assim como projectos em simultâneo, o que não implica descuido ou desleixo em cada um deles. Mas não me interpretem mal, não estou a dizer que o senhor trabalha mal, nem pouco mais ou menos. Leiam uns posts atrás e lêem-me a afirmar que não me importaria de ter/tocar com uma. O que estou a dizer, e repito, é que não acho que o valor de 7k corresponda linearmente ao objecto em questão, considerando-o alto para aquilo que avalio das specs e dos filmes que vou encontrando na net. Nunca tive oportunidade de tocar com uma e por esses valores duvido que vá. Com 7k dava para fazer pelo menos 2 guitarras muitíssimo boas cheias de specs à maneira pelas marcas da moda e com a garantia de qualidade irrepreensível. Quanto à leitura das minhas palavras maxx , todos nós temos os nossos limites e o meu, neste momento é esse, mais ainda considerando que tenho as minhas guitarras a tocar que é um sonho (comprovado por outras mãos que não apenas as minhas), devido ao investimento na aprendizagem sobre como lhes fazer correctamente um set up. Isto tão só me ensinou que um setup correcto é o mais importante para uma guitarra soar bem e que tem a capacidade de transformar guitarras de baixa gama em guitarras funcionais, com bom som, fiáveis e confortáveis. O design, as madeiras, a construção são tudo factores secundários relativamente ao setup. É claro que estruturam e trabalham o timbre da guitarra, mas um mau setup estraga o som a qualquer Conklin, Keizel, Gibson, Gretch e por aí. Relativizo assim o hype que anda à volta do trabalho deste senhor. Trabalhos de cornucópias em madeira não são novidade nenhuma e isso sim, são de uma estética discutível. Das fotos que vi no site, tenho dúvidas sobre a ergonomia de algumas guitarras, apesar da sugestão do nome e do apanágio de conforto muito referido pelo senhor. Pois como tenho lido em muitos lados, o conforto é relativo ao utilizador, não é um valor absoluto e as Strandberg (em particular pelo slogan de serem ergonómicas) têm sido criticadas pela diferença que apresentam relativamente às mais comuns guitarras se mostrar desconfortável. Sim, o senhor tem muito trabalho em cima para conseguir trabalhar aquelas curvas. Não significa que seja um trabalho necessário para a função (para uma guitarra, garantidamente que aqueles trabalhos de escultura intrincada não são) ou de resultados surpreendentes. Se quiserem, e porque ainda não fizeram referência nenhuma neste tópico, faço indicação de um outro luthier tuga para as bandas da Figueira da Foz, cuja marca se dá por Daro Guitars. Bom gosto, boa execução, sem extravagâncias desnecessárias e recorre a Pickups Nacionais. Finalizo com, não serão guitarras para mim, garantidamente. Nem sequer me apelam ou me fazem perder o sono, mas não é por isso que não sou capaz de avaliar criteriosamente o objecto pelo que ele é. Argumentos de Hype movem-me pouco.
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Post by nunonaos on Jun 6, 2018 9:43:01 GMT
em que loja é que ele disse que comprava as pontes?
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